sexta-feira, 24 de junho de 2011

O SOROCABANO TOBIAS

Com a proclamação da independência, e a posse do primeiro presidente da província de São Paulo Rafael Tobias de Aguiar,é eleito para a primeira, composição do Conselho do Estado.Na condição de conselheiro apresenta projectos defendendo o prolongamento da primeira linha  oficial do correio do interior de São Paulo,até Sorocaba, passando por Jundiaí,Campinas,e Itú. A vida politica do jovem Sorocabano,daí para frente é marcada pelo sucesso.Eleito deputado á Assembleia Geral Legislativa,no Rio de Janeiro,assume o cargo em 1830.Passa a residir definitivamente,em São Paulo,em função do seu alto prestigio politico é nomeado Presidente da Provincia de São Paulo em 03 de Abril de 1831,permanecendo no cargo,até 11de maio1835.Logo criou um corpo de Guardas,a( Guarda Municipal Permanente)Em 1834 em meados de maio, passou a residir com a Marquesa de Santos,e em 19 de Setembro desse mesmo ano, nasceu o primeiro filho do casal,e que recebeu o nome do pai.O casamento religioso e no civil, com Dona Domitila se deu em Sorocaba, no dia 14 de Julho de 1842 quase no final da Revolução Liberal.Com o golpe parlamentar,que antecipou a maioridade do Imperador Pedro II,os liberais voltam ao poder de Rafael Tobias de Aguiar e é novamente nomeado á Presidente da província de São Paulo em 29 de Julho de 1840.Mas os conservadores ,voltaram ao poder Imperial e Tobias foi demitido da Presidência em 15 de Julho de 1841.O novo ministério conservador numa acção considerada anticonstitucional pelos liberais reforma um conjunto de leis.Com os ânimos exaltados,os conservadores obtém do Imperador a dissolução da Assembleia Geral. José da Costa Carvalho(Barão de Monte Alegre,estava no lugar de Tobias, na Presidência da Província de São Paulo. Sabendo das intenções de de Tobias, de um movimento pela Capital,Monte Alegre fez circular uma noticia que Tobias estava preso.Para evitar que os rumores  se tornasse realidade Tobias deixa São Paulo, e volta para Sorocaba.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

BERÇO DOS TROPEIROS


Em Sorocaba a feira de muares durou de 1733 a 1897.Os negocios eram iniciados e formalizados na cidade.e as feiras se localizava em Araçoiaba da serra.As mulas ficavam em pastos destribuidos pelos bairros ,esparramados pela planicie como Araçoiabinha,Ipatinga, Jundiaquara,Campo do Meio, e Rio Verde,tendo o limite ,o morro de Araçoiaba,com vastas pastagens,rios e lagos.Depois de efetuados os negocios, as tropas passavam,pela vila,e depois cidade de Sorocaba.O encontro de vendedores,e compradores, criava um clima de propicio a ás atividades comerciais., do tipo arreios sofisticados,e alimentos ,caseiros e requintados.Havia ofertas de diversão,como ;espeátculos teatrais ou circense,casa de jógos,e bebidas e obviamentes de mulheres,de vida alegre,é como eram chamadas.Depois de vendidas, as tropas passavam pela cidade em direção a ponte onde deveriam pagar os impostos .O caminho se faziam, da estrada de Ipatinga,pela,rua Luiz Mendes de Almeida,pela rua General Carneiro,Largo 9de Julho,inicio da avenida Moreira César,rua da Penha,rua 13 de Maio, praça Carlos de Campos,rua de São Bento,rua 15 de Novembro,ponte sobre o rio Sorocaba avenida São Paulo,rua Padre Madureira,avenidas Carlos Mendes, e 03 de março,dirigindo-se á São Paulo, pela estrada de Aparecidinha.

domingo, 12 de junho de 2011

HISTORIA DE SOROCABA ~SÃO PAULO-BRASIL

As origens de Sorocaba perdem-se no tempo. As bases físicas sobre as quais se assenta, o município começaram a ganhar forma, a milhares de anos.
Com  a definição  geológica da bacia do rio Sorocaba na chamada depressão periférica.  Nela desponta como destaque o morro de Araçoiaba da Serra pólo magnético regional circundado por milenares trilhas indígenas do Peabiru´ o caminho transul-americano que ligava os oceanos, Atlântico e Pacifico.Ao longo dele os primeiros habitantes da região,indígenas ainda na faze do nomadismo,erguiam suas aldeias.As  margens do rio Sorocaba habitavam ,Tupiniquins do grupo Tupi.Documentos ,residuais encontrados acidentalmente de tempos em tempos, sob formas de  urnas funerárias  e objectos de pedra lascada   e polida.Esses índios praticavam o comercio entre si realizando trocas entre grupos das mais diferentes regiões . Implantaram uma “estrutura”  percussora do MERCOSUL em plena pré- historia regional.Com a chegada dos Portugueses, 1532 ao litoral vicentino ,esses povos recuaram de pontos próximos ao litoral onde viviam , e foram para o interior.Nas décadas seguintes foram implacavelmente caçados pelos bandeirantes Paulista ,mamelucos em sua maioria interessados em vende-los ,como escravos á industrias canavieiras que se estabeleceram no nordeste do Brasil português. Esse comércio de seres humanos foi regularmente praticado pelos primeiros Sorocabanos, entre 1641 e 1654. O bandeirante Baltazar Fernandes vem a região tomar posse da sua sesmaria ao longo do rio Sorocaba uma área tão extensa que a própria historia não consegue avaliar de forma precisa a sua dimensão Com a chegada de sua família ás paragens do rio Sorocaba a população que se encontrava esparsa por toda região, concentra-se ao redor da capela construída por ele, ”Baltazar Fernandes “no alto da colina e dedicada a Nossa  Senhora da Ponte, que hoje é a igreja de Santa Ana ,anexa ao Mosteiro de São Bento.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DOMITILA EM SOROCABA


Maria Benedita de Castro Canto e Melo

Ao deixar São Paulo, Domitila deixou para trás a vida de escândalos.No dia 14 de Junho de 1842,oito anos depois da morte de D.Pedro em Portugal , casou-se em Sorocaba com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar,uns dos grandes chefes liberais da província.Com ele teve cinco filhos..Terminou a vida como uma grande dama da sociedade Paulista.No seu  solar, situado a poucos metros do Pátio do Colégio onde eram realizados,saraus literários,e reuniões,benificientes.e se dedicou a obras de caridade.Numa das visitas de Isabel,sua filha foi recebida sentada no chão,a fumar um cachimbo que era costume na época A marquesa de Santos faleceu em 13 de Novembro de 1867 e foi sepultada no cemitério da Consolação,cuja as terras tinham sido doadas para São Paulo.No seu testamento  mandou perdoar dividas,e distribuir dinheiro aos pobres ,e deu a liberdade para os quatro escravos,e encomendou setenta missas;vinte pelos escravos mortos e cinquenta para sua própria alma.Maria Benedita,única Baronesa de Sorocaba,casada com o Barão Boaventura Delfim Pereira ,Barão de Sorocaba.
Domitila de Castro Canto e Melo

segunda-feira, 6 de junho de 2011

DESMAIANDO NO CONVÉS DO NAVIO



Amélia era uma mulher estonteante,linda e muito jovem.Ao desembarcar do navio usava um vestido cor de rosa,adornado de finas rendas.D.Pedro ficou tão encantado,que desmaiou ao vê-la,no convés do navio Em seguida criou em sua homenagem a condecoração mais bonita e desejada no Império brasileiro, a "Ordem da Rosa"cujo tema seria sugestivamente,"amor e Fidelidade".Apesar de jovem e bonita,Amélia não era ingenua .A primeira providência da nova Imperatriz,foi por ordem na casa.Trocou os criados e camareiros,e impôs novas etiquetas nos maus modos da corte do Rio de Janeiro.Mudou até o idioma ,a partir de sua chegada ,só se falava francês.Também afastou do Palácio todos os amigos desqualificado de D.Pedro,e expulsou a paparicada filha de Domitila,a Duquesa de Goiás,e mandou-a para o internato, em Paris.O Imperador aceitou tudo com resignação,e foi premiado por isso.Amélia deu ao Imperador uma filha ,Maria Amélia Augusta,nascida em 1831,que faleceu em 1853.A nova Imperatriz foi uma companheira fiel e dedicada.Desde a sua chegada pouco se soube, vagamente com envolvimento e romances passageiros de D.Pedro,como um filho que teria tido com a freira do convento da Esperança na ilha Terceira dos Açores.Antes de cair nos braços de Amélia porem...D.Pedro teve que se livrar de Domitila,que teimava em não deixar a corte.No começo das negociações na Europa,diante das recusas das outras princesas ainda houve uma pequena recaída no romance. Domitila saiu do Rio de Janeiro para São Paulo em Junho de 1828,e retornou ao Rio em Abril de 1829,em Agosto estava de volta e gravida do Imperador.D.Pedro jamais chegou a ver a derradeira filha do casal Maria Isabel nascida em São Paulo.Os deveres do Estado,falavam mais alto.No final das cartas,era frio e distante.como segue;"Sinto muito perder a sua companhia,mas não há outro remédio"escreveu esta carta em em 10 de Julho de1829quando Amélia já estava a caminho do BBrasil.A marquesa ignorou o aviso,e em 17 de agosto mandou notifica-la que tinha sete dias para deixar o Rio,sob pena de arrancar todos os seus benefícios concedidos até então.Também mandou murar a saída secreta da Quinta da Boa Vista,que levava ao Palacete da amante,e ameaçou reabrir o processo ,da morte de sua irmã assassinada e que ela era uma das suspeitas do atentado sofrido por Maria Benedita,Baronesa de Sorocaba..Desta vês Domitila cedeu.o Imperador recebeu a seguinte carta ;Senhor.eu parto esta madrugada ,e,seja me permitido , ainda mais uma vez,beijar as mãos de Vossa Majestade por meio desta já que meus infotunios,e minha má estrela me roubou o prazer de de o fazer pessoalmente.Pedirei constantemente aos céu que prospere e faça venturoso o meu Imperador.E quanto Marquesa de Santos senhor,pede por ultimo a V.M.que esquecendo o quanto ela teve desgostos só lembre das intrigas e que em qualquer parte que eu esteja saberei conservar dignamente o lugar que V.M.a elevou ,assim que vou me lembrar do muito que devo a V.M. que Deus vigie e proteja como todos nós precisamos. DE V.M.uma sudita,muito obrigada,Marquesa de Santos.
próxima postarem ultimo capitulo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A ULTIMA HUMILHAÇÃO







Leopoldina muito doente       em     seu    leito de morte,em  1826 agonizante...enquanto  Domitila usando de seus poderes de dama da corte,quis invadir o quarto da Imperatriz  foi barrada  na porta pela marquesa Aguiar e pelo ministro Francisco Vilela Barbosa  marquês de Paranaguá.Ofendida Domitila queixou-se ao Imperador , e este em represália demitiu Vilela e puniu todos os  envolvidos no episódio.A morte de dona Leopoldina foi um golpe fatal para o romance de  D.Pedro e da marquesa.Viúvo D.Pedro sabia que para manter o prestigio do trono brasileiro precisava casar-se de novo com uma princesa europeia .Domitila seria um empecilho e tinha que ser afastada rapidamente.O marques de Barbacena era encarregado de  procurar uma noiva  na Europa sabendo que era difícil ,pela reputação do Imperador,apontado como mulherengo,e cuja conduta responsável pela morte da Imperatriz.Pelo menos dez princesas recusaram casar com D.Pedro. Para sair desse constrangimento D.Pedro foi baixando suas exigências e instruiu Barbacena que ; a noiva poderia não ser muito bonita  nem nobre, e um pouco ignorante desde que fosse bonita e virtuosa.E foi de fato o que aconteceu.Com a ajuda de seus diplomatas ,encontrou uma princesa e lindíssima mulher,com 17 anos,nascida em Milão em 31 de Julho de 1812 Amélia Augusta Eugénia Napoleona  Beauharnais, era neta da Imperatriz  Josefina,primeira mulher de Napoleão Bonaparte.Quando  o marques de Barbacena  anunciou ao Imperador o desfecho das negociações bem sucedidas, disse D.Pedro: só me resta ficar doido  de tanto entusiasmo.Amélia chegou ao Rio de Janeiro em 1829,três anos depois da morte de Leopoldina.

FRUTOS DA PAIXÃO


IMPERATRIZ LEOPOLDINA
A Imperatriz na sala de despachos


Nasceu  Isabel Maria ,no dia 24 de maio de 1824.A menina não foi reconhecida de imediato,só dois anos mais tarde ,quando o poder de Domitila estava no auge, e brindou –a com todas as honrarias possíveis e Isabel ganhou o titulo de Duquesa de Goias,e o direito de ser chamada de “Alteza”tratamento normalmente ás princesas.Foi condecorada com a Ordem  do Cruzeiro,e de Santa Isabel,que virou nome de três navios ,da nova Marinha de Guerra Brasileira.Quando D.Pedro abdicou o trono Isabel Maria estudava no Sacre Coeur de Paris,uns dos colégios mais caros da época ,cujo prédio hoje, abriga  o Museu Rodim.Outros filhos morreram precocemente.A ultima filha nasceu em 28 de fevereiro de 1830 e chamava-se Maria Isabel, de Bourbon de Bragança ,futura condessa de Iguaçu.Quando ela nasceu o Imperador já havia expulsado Domitila do rio de Janeiro ,para se casar com a imperatriz Amélia. D.Pedro cumulava presentes para Domitila,como queijos,carnes de caça ,perus perdizes,e outros pássaros,Morangos e rosas,fitas, sedas , papeis ,jóias, caríssimas, como um medalhão com a efígie do imperador(quatro contos de réis),Uma pulseira de ouro com fechos de brilhantes.Enquanto Domitila crecia em prestigio, a Imperatriz Leopoldina ,mergulhava cada vez mais fundo no abismo depressivo que levaria á morte em Dezembro de 1826.Leopoldina chegou pedir ao seu pai que a levasse de volta para Viena,mas com a demora de decisão do pai ,Francisco i. cogitou-se que ela entraria no convento,de ajuda do Rio de Janeiro, abandonando assim o Palácio Real, e aguardaria a decisão do pai.O auge de humilhações foi quando fizeram uma viajem para a Bahia que durou dois meses,fevereiro,e abril de 1826.A frota era composta de quatro navios e transportava mais de duzentas pessoas,que incluíam a Domitila,  a  Imperatriz Leopoldina,princesas,barões, viscondes,secretários particulares ,membro do clero,funcionários públicos, militares de alta patente.Os suplementos para a viajem incluíam :oitocentas galinhas trezentos frangos ,vinte perus,duzentos marrecos,leitões ,porcos,cabras,carneiros, dez caixas de vinho,Frances,alem de frutas verduras geléias,chás, chocolate ,biscoitos.Pedro fazia as refeições,coma Domitila,ou outras pessoas da corte ,em quanto a Imperatriz fazia suas refeições em seus aposentos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O PREÇO DE UMA PAIXÃO


D.Pedro e Domitila ,depois daquela “noite chuvosa “nunca mais seriam os mesmos.Ambos  pagariam um alto preço pela paixão avassaladora que os consumiu desde então.Ela reforçaria nele a imagem de um homem,promiscuo e inconseqüente, capaz de trocar na cama ,os altos interesses do Estado por favores sexuais.Ao saber do novo romance , o pai de D.Leopoldina , anotou na margem da comunicação que recebera do barão Wenzel de Mareschal,representante da corte de Viena, no Rio de janeiro “que homem  miserável é esse meu genro”Domitila iria passar pela historia  de forma pejorativa,como amante interesseira que seduzira o príncipe,e futuro imperador D.Pedro  iniciou em São Paulo com Dona Domitila  de Castro   um romance de maior repercussão em sua vida reflrtindo na política  dentro e fora do Brasil,” afirmou Otávio  Tarquínio de Sousa’.   Na verdade,D.Pedro iniciou em São Paulo não apenas um mas dois romances ,alem de Domitila, começou  a namorar também a irmã  dela,Maria Benedita ,oito anos mais velha que e casada com o português Boa Ventura Delfim Pereira.  Ela engravidou do Imperador no começo de 1823,nasceu em novembro de 1823 e e recebeu o nome de Rodrigo Delfim Pereira   por recompensa , pelo registro do menino recebeu  o cargo de superintendente da Real Fazenda de Santa Cruz,administrador  das Imperiais Quintas e Fazendas e camaristas da Imperatriz Leopoldina, e por fim barão de Sorocaba.A ascensão de Domitila  na corte de D.Pedro foi meteórica,o primeiro fruto foi   a  ação movida pelo marido de Domitila que se arrastava pelos tribunais e foi resolvida em 48 horas.A sentença assinada em 05 março de 1824 pelo cônego Jose Caetano Ferreira de Aguiar ,culpou o ex-marido de maus tratos  e que Domitila era uma mulher de” boa conduta “foi surpreendente uma vez que o Brasil inteiro sabia que era amante de D.Pedro.Alguns meses  depois ,Domitila mudou-se  São Paulo para o Rio de Janeiro  a convite de D.Pedro que  numa carta anunciava a decisão de ir buscá-la com a família.A inicio abrigou-a em uma casa amarela situada  no bairro atual Estácio, depois para um luxuoso  palacete encostado com o muro do Palácio da Quinta da Boa Vista , hoje Museu do Primeiro Reinado,onde o historiador Alberto Rangel afirma que existia uma passagem secreta onde o Imperador dava suas escapadas.Motivos para escândalos é o que não faltavam. Muitas regalias  eram oferecidas  pelo imperador estendendo-se aos familiares da amante.O povo a via com desprezo,chegando a se retirarem do local onde se encontrava  a marquesa.Para reparar a ofensa D.Pedro  elevou-a ao posto de honra de dama de honra da Imperatriz desta forma tendo o direito de ir a todas as reuniões, passeios  e outros eventos.No dia do aniversario do Imperador ele presenteou-a com o titulo de viscondessa de Santos,pelos serviços prestados a Imperatriz.No ano seguinte elevou-a condessa de Santos ,o qual ela passaria para a historia.Nos sete anos de duração do romance Domitila engravidou  pelo menos  cinco vezes