sábado, 19 de março de 2011

O RETORNO

Arrumei minha mala com muita ansiedade  pela volta e porque a situação não era nada agradável,esperando ouvir mais do Madrileno.Entretanto foi ao contrario não tocou mais no assunto,e estava até gentil,com nós três.As vezes ele olhava p/ mim com um sorrisinho meio sarcástico no canto da boca.Confesso que fiquei desconfiada,com a mudança eu temia por umas das suas manobras vingativas.Certa vez ele me contou que se juntou com uma senhora  com algumas posses,tinha uma boa casa, com empregados domesticos um belo carro,mais muito exigente na arrumação da casa.A tal senhora exigiu do madrileno que tirasse os sapatos para entrar em casa, colocasse pantufas para poder pisar no seu caríssimo tapete Pérsia.As discussões eram permanentes porque  madrileno não era dado a esses cuidados.Em uma dessas desavenças ele disse que iria embora.No dia seguinte ela   a     (sra) precisou sair e iria demorar,fez algumas recomendações e saiu, o madrileno já tinha arquitectado a vingança.Em seguida o vingador arrumou sua mala,e dirigindo-se ao ao belo tapete na ampla sala de visitas foi bem ao meio ,abaixou as calças e deixou ali a sua vitoriosa vingança, escura, e mal cheirosa, bateu a porta e sumiu .Assim os meus receios não eram infundaveisFomos ao aeroporto na data marcada O madrileno foi calado o caminho todo, só respondia o que nós perguntássemos isso durante mais de uma hora, até chegarmos em Madrid.No saguão do aeroporto ,fomos tomar lanche, ele não quis comer nada.Ficamos conversando enquanto esperávamos o chamado do voo.Alguns minutos depois anunciaram o numero para embarcar,fomos nos aproximando do corredor de embarque, quando um policial pediu para conferir nossas passagens, minha neta e sua amiga o policial liberou e eu não mandou eu ficar ao lado e disse que eu não poderia embarcar,porque eu estava na Espanha, com permanência irregular.Vou continuar a historia na próxima pastagem.