terça-feira, 1 de maio de 2012

continuação-pensão dos Flores

Folha 2-continua- pensão dos Flores
Manuel o segundo filho de dona Maria,não quis ser tecelão, e foi aprender e exercer a profissão de barbeiro.As sábados vinha de uma vila,bem perto do centro,onde morava com a esposa e dois filhos,não quis morar na pensão da mãe,porque era longe de seu trabalho,e reunia-se com os irmãos e o cunhado Antonio para ouvirem o jogo pelo radio,enquanto fazia barba e cortava os cabelos da família  e ia
  embora  a tarde com uns bons trocados,as vezes vinha com a esposa e um filho.Alda esposa de Manuel não gostava da gritaria que faziam durante o decorrer dos jogos que naquela época deputavam o primeiro lugar no campeonato de seleções Sul –Americano,o ultimo jogo foi Brasil e Argentina,o campeão foi ....Argentina.Como eu disse antes,as tarefas eram cumpridas sem reclamar,e ainda tinham seus afazeres,particulares,como limpar seus próprios quartos,e lavar suas próprias roupas.Francisquinha ,uma das adotadas era uma menina que vivia doente ,com bronquite asmática,não podia ajudar em nada ,e Rose era uma menina forte saudável  ajudava a mãe.  Joaquim era um filho dedicado, mais parecia um cão de guarda.Tudo que se referia da porta para fora como pagar contas levar alguém ao medico,ir a feira,ir a farmácia,tudo era com ele.dentro de casa era sua mãe que comandava tudo.Eu estive certa ocasião hospedada em sua casa,fui visitar minha avó que estava por uns dias na casa de dona Maria,porque Antonio genro dela casado com Dolores era meu tio filho desta  minha avó.     Passaram,alguns dias me convenceram a ficar e trabalhar numa firma Inglesa.que estava contratando menores de idade .Meu tio mandou carta para minha mãe e ela pediu para o Joaquim assinar por ela o papel do contrato.naquela época bastava ser maior para responder por um menor de idade foi assim que aconteceu comigo.quando eu já estava trabalhando a alguns meses ,meu tio começou com graça sem graça tipo assedio:eu quis ir embora .O Joaquim me dizia que não fosse que eu estava ganhando bem ,que dava até para mandar dinheiro para minha mãe e ainda sobrava mesmo pagando as conta  da pensão e então? –disse ele.Como ele era uma pessoa de confiança eu contei o que estava se passando.ele ficou furioso e disse que me ajudaria a voltar para casa mas que eu esperasse completar o mês para levar o salário inteiro. Quando chegou a hora ele me ajudou com as malas,e sem que,ninguém nos visse, me levou para a estação de trem,entregou -me os documentos pessoais e o da fabrica.agradeci muito, por atender meu pedido de não falar nada em casa da minha partida,que falasse só quando ele voltasse para casa e que contasse  que era um pedido meu,eu não queria me despedir do meu tio.Quando chegue em casa mandei uma carta para dona Maria Antonia.