quarta-feira, 25 de maio de 2011

Domitila ameaçada de morte

Em 1813ainda adolescente de 15 anos Domitila se casou com o alferes mineiro Felicio Pinto Coelho de Mendonça.Começava ali uma impressionante historia reprodutiva ,que a levaria a engravidar pelo menos 16vezes das quais vingaram 14 filhos  de três homens diferentes Em 1819 já mãe de três filhos com Felicio
 ficou gravida em um aparente caso extra conjugal.O marido acusou-a de adultério com o coronel Francisco de Assis Lorena filho do governador que havia construído a famosa "Calçada de Lorena "a estrada percorrida na serra do Mar por D.Pedro no dia da Independência. No Brasil naquela época traições resultavam em crimes de honra-desde que o rival não fosse o Imperador do Brasil como se verá nos parágrafos adiante.Em um país profundamente católico e conservador,a vigilância sobre a moralidade das famílias e as vazes cruel.
 Um costume herdado de Portugal ainda no século 16,no Brasil,colónia tinha-se o habito perverso de colocar as escondidas durante a noite,uma guirlandia de pequenos chifres,pendurada na porta dos maridos traídos.O homem vitima da traição era chamado de "corno manso"expressões ainda usada por brasileiros e portugueses.No caso de Domitila não há noticias de que o casal tenha sido alvo da famosa guirlandia de cornos,mas o desfecho foi o previsível:alem de processa-la por adultério ,o marido traído tentou mata-la a facadas.Apesar de ferida ,Domitila sobreviveu e se refugiou una casa do pai,onde o príncipe regente a encontrou duas semanas antes do Grito do Ipiranga.Segundo os historiador Alberto Rangel ,Domitila foi apresentada á D.Pedro pelo irmão dela que o acompanhava desde o Rio de Janeiro.Na véspera de entrar em São Paulo,em 24 de Agosto de 1822,o princepe teria ido visitar a família ,Canto e Melo,na casa vizinha á colina do Ipiranga.Domitila vivia um momento de grande angustia e tensão .Alem de ter tentado mata-la,o ex-marido reivindicava a guarda dos filhos do casal.Por isso com a ajuda do irmão ,recorreu a D.Pedro para que interferisse em seu favo no processo.O princepe passava a cavalo quando cruzou com Domitila  sendo transportada por dois escravos numa cadeirinha de arruar.O galanteador D.Pedro apeou do cavalo e a saldou enaltecendo  sua beleza.Em seguida dispensou os escravos e, suspendeu uma das alças da cadeira ajudado pela guarda de honra.Domitila não perdeu a opurtunidadee disse:Como Vossa Alteza é forte!Em seguida transportou-a nos ombros até em casa.Menos de uma semana ,numa noite chuvosa e cortada por relâmpagos de29 de Agosto de1822 os dois dormiram juntos pela primeira vez nos aposentos de Domitila situado na rua do Ouvidor,actual José Bonifácio no centro de São Paulo.
a

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A marquesa de Santos


A filha que D. Pedro teve com Domitília - aproximadamente na mesma época em que a imperatriz dava à luz outra criança - recebeu do pai o nome de Isabel Maria de Alcântara e o título de Duquesa de Goiás.
A crescente interferência da marquesa nos negócios do governo foi um dos fatores que reduziram gradativamente a simpatia popular pelo imperador. Consta que teria sido a influência da insinuante senhora que o levou a demitir vários ministros e dar ao seu governo uma orientação que o tornou impopular. Descrita como ambiciosa e muito sagaz, possivelmente pretendesse ocupar o lugar da princesa Leopoldina, quando faleceu a primeira esposa do imperador.
Porém, este tinha outros planos, buscava uma segunda esposa entre as casas reais européias, apesar das sucessivas recusas motivadas pela sua fama de marido infiel. Enfim, encontrou-a na figura da linda Amélia de Leuchtenberg, de 17 anos (neta de Josefina de Beauharnais, esposa de Napoleão). D. Pedro casou-se por procuração em 28 de agosto de 1828, em Munique, e só dois meses depois conheceu pessoalmente sua nova esposa.
Enquanto isso, Dona Domitília, agraciada com uma vasta fortuna, afastava-se do Rio de Janeiro, da vida e das preocupações do soberano do Brasil, com quem já não se entendia bem. Encontrara um substituto para D. Pedro: o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, que a conduziu de volta a São Paulo. Com o militar, viveu em Sorocaba, no interior paulista, durante a Revolução Liberal de 1842, em local que se tornou conhecido naquela cidade como a "Casa da Marquesa".

Imagem: casa em Sorocaba/SP de Tobias de Aguiar, conhecida como Casa da Marquesa
(óleo de J. C. da Silva, acervo do autor)
Relata o mestre em Economia Pedro Aranha Corrêa do Lago, colecionador de autógrafos brasileiros e autor da obra Documentos & Autógrafos Brasileiros:
D. Pedro I viveu um dos romances mais famosos do século XIX com a Marquesa de Santos, e dessa relação de sete anos nasceram quatro filhos, dos quais duas filhas sobreviveram. O casamento de D. Pedro I com D. Amélia, em 1829, pôs fim a esta ligação, e a Marquesa retirou-se para São Paulo, onde casou-se com o brigadeiro Rafael Tobias, futuro presidente da província.D. Pedro escreveu numerosas cartas à Marquesa, muitas das quais encontram-se hoje em instituições públicas como o Instituto Histórico e a Biblioteca Nacional. A maior parte já foi publicada, mas alguns textos foram omitidos por pudor ou ainda censurados pelo historiador Alberto Rangel, que estudou a correspondência no começo do século.
O imperador assinava de diversas maneiras, desde o mais formal Imperador atéSeu Fogo Foguinho, passando por O Demonão, e chamava a amante diversamente de MarquesaQuerida MarquesaFilha etc. Esta carta inédita escapou ao crivo de Rangel e relata o que parece ter sido um susto dado à Marquesa por seu cavalo Lagarto, que o cavalariço Ricardo deveria ter acostumado melhor ao rabicho que a Marquesa já havia usado anteriormente com ele. A carta revela o quanto os mínimos episódios do cotidiano de sua amante mobilizavam a atenção do Imperador.

Imagem: Documentos Autógrafos Brasileiros na Coleção Pedro Corrêa do Lago, 1997,
Ed. Salamandra, Rio de Janeiro/RJ
Artigo publicado na edição de 4 de outubro de 1994 do jornal santista A Tribuna:
O esplendor da Marquesa de Santos
J. Muniz Jr.(*)
Colaborador
No decorrer de centúrias e séculos, muito se escreveu sobre os amores célebres da história da Humanidade, envolvendo famosos personagens, desde Páris-Helena de Tróia, Marco Antônio-Cleópatra, Napoleão-Josephina, ao Duque e a Duquesa de Windsor, e por que não D. Pedro e Domitília (Marquesa de Santos)? O romance do último par transcorreu nos tempos do Brasil Imperial, resultando em intrigas políticas, ambições desenfreadas e escândalos.
As épocas mudam, os fatos se sucedem e os comentários vão correndo de boca a boca, levados pelo exagero e transformados em lendas. Portanto, não temos a pretensão de descrever pormenores sobre o palpitante assunto, que não caberiam nos ligeiros limites deste artigo. Limitamo-nos somente a focalizar algumas recordações do decantado romance entre o príncipe galante e a insinuante e sedutora marquesa.
Não resta dúvida de que uma das figuras mais discutidas do Império foi dona Domitília de Castro do Canto e Mello, que, embora não fosse santista e não tenha residido em nossa cidade no decorrer de sua longa existência (1797-1867), foi agraciada com títulos nobiliárquicos de Viscondessa e Marquesa de Santos, respectivamente. A formosa dama paulistana ganhou fama e popularidade devido ao seu relacionamento com o imperador Pedro I, que ficou perdidamente apaixonado pelos seus encantos, chamando-a de "Titília, bela...", em seus versos.
Dizem seus biógrafos que era dotada de uma singular beleza, além de sedutora e faceira. O certo é que o ardor de sua mocidade acabou incendiando o coração volúvel do então príncipe-regente, através de uma paixão desenfreada. Esse amor ardente veio a abalar seriamente o seu prestígio na corte, quase arruinou o seu reinado, levando-o a demitir, posteriormente, vários ministros, e a outros gestos impulsivos. Depois que deixou a corte, forçada pelas circunstâncias, Domitília voltou para São Paulo, onde iniciou vida nova, tornando-se uma senhora devota e caridosa, procurando socorrer os necessitados e/ou desamparados.
Descendente da nobreza pelo lado materno, Domitília nasceu em São Paulo de Piratininga, onde cresceu, revelando desde cedo uma atraente beleza, sendo que na adolescência já tinha muitos admiradores. Acabou casando aos 15 anos de idade, por imposição dos pais, e pouco depois já estava separada. E, apesar dos filhos e dos dissabores de um matrimônio infeliz, continuou sendo uma bela mulher, chamando a atenção pelo seu porte majestoso.
Quanto ao seu encontro com o príncipe, segundo versões existentes, ocorreu na chácara do seu pai, o tenente-coronel João de Castro do Canto e Mello, que ficava para os lados da colina do Ipiranga, no lugar denominado Moinhos. E que tudo aconteceu casualmente, quando D. Pedro retornava de Santos na famosa tarde setembrina de 1822, ocasião em que se verificou o acontecimento magno da nossa História. Ao fazer uma parada para descansar da árdua jornada serra acima, deparou com a bela Domitília que vinha carregada numa liteira por robustos escravos, ele a olhou e ela abriu um sorriso radiante. Foi o suficiente para a flecha do Cupido atravessar o coração do galante cavaleiro.
Coincidência ou não, cabe lembrar que o coronel Canto e Mello fora ao encontro do príncipe-regente, por ocasião de sua partida da corte para São Paulo, juntando-se à comitiva no caminho. Um outro detalhe interessante é que o irmão da futura marquesa, o alferes Francisco de Castro Canto e Mello, integrava a Guarda de Honra do Augusto Senhor, escoltando-o na sua longa viagem pela Província de São Paulo.
Existem comentários de que o príncipe foi induzido a encontrar a beldade paulistana. Tanto é que uma outra versão diz que Domitília conheceu o nobre mancebo no dia 29 de agosto na propriedade do seu pai, nos arredores de São Paulo, e que desceu para Santos com ele, onde se encontraram às escondidas. O certo é que, uma vez fascinado pela beleza de Domitília, o futuro imperador voltou para a corte, onde tomou de imediato as primeiras providências, visando transferi-la para o Rio de Janeiro, não deixando de comunicar a sua intenção ao coronel Canto e Mello, que se sentiu até lisonjeado pela atitude do real senhor.
Na corte do imperador - E assim, em junho de 1823, irradiando a beleza dos seus 25 anos, mudou-se para a suntuosa corte, em São Cristóvão, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, instalando-se, primeiramente, numa casa um pouco distante da Quinta da Boa Vista. Todavia, o jovem imperante logo a trouxe para bem perto, deixando-a alojada num luxuoso palacete na Rua do Imperador, que se tornou conhecido como Solar da Marquesa. Os comentários começaram a rolar a partir de então, uma vez que D. Pedro I não faltava aos saraus organizados na luxuosa residência da "bela paulista", que se prolongavam madrugada adentro.
Perdidamente enamorado, o ardoroso imperador fez Domitília a primeira-dama da imperatriz D. Leopoldina de Habsburgo, em abril de 1825. Causou outra afronta em 24 de maio de 1826, reconhecendo solenemente como filha a menina Isabel Maria, filha de Domitília, gerando protestos dos palacianos. E com a morte da primeira imperatriz do Brasil em 11 de dezembro daquele ano de 1826 e ainda devido à demissão do Marquês de Paranaguá - que não permitiu que Domitília entrasse nos aposentos da imperatriz moribunda -, as coisas pioraram. O imperador furioso demitiu quase todo o gabinete de ministros.
Mesmo assim, elevou Domitília à condição de viscondessa e, depois, de marquesa, "com honras de grandeza", através de Carta Régia, passando assim a gozar de todas "as honras, privilégios, isenções, liberdades e franquias", de acordo com o pergaminho rubricado e selado pelo próprio punho de Sua Majestade, ganhando uma posição privilegiada na corte.
Ainda por influência do mirabolante amor, por decreto imperial de 4 de abril de 1827, foi condecorada com a banda da Real Ordem de Santa Isabel de Portugal. Sua influência com o imperador fez ainda com que seus parentes fossem igualmente agraciados com títulos de nobreza: o pai, os irmãos, o cunhado e por aí afora. Diante de tais regalias e dos filhos que resultaram do célebre romance, acentuaram-se as discórdias na corte. E, em vista das circunstâncias, sobreveio o inevitável: em abril de 1829, a marquesa inabalável foi definitivamente afastada da corte, uma vez que o imperador havia assinado contrato de casamento com a princesa Amélia Augusta Eugênia de Leuchtenberg.
Novamente em São Paulo - Repudiada e ferida em sua vaidade, Domitília deixou o Rio de Janeiro e regressou para São Paulo, ficando alojada na chácara de Francisco Ignácio de Souza Queiroz (que estava na Europa), posta à sua disposição pelo seu concunhado, o conde de Valença. Seus bens passaram a ser ministrados pelo coronel Rafael Tobias de Aguiar, com quem se casou em 1842, em meio à guerra civil sorocabana.
A marquesa e o então brigadeiro (reformado) Tobias de Aguiar continuaram residindo em São Paulo e, com a morte do marido em 1857, herdou do mesmo bens e escravos. Chegou a integrar a Maçonaria e ainda por ocasião da guerra do Paraguai, além de doações em dinheiro, deixou à disposição das tropas imperiais brasileiras suas terras e fazendas (onde eram atendidos quando passavam). Foi a primeira mulher brasileira a fazer doações para a campanha de guerra e o seu belo gesto repercutiu em todas as classes sociais.
Com o passar dos anos, foi considerada "a dama de maior prestígio e atividade social de São Paulo", segundo pondera Wanderley de Pinho (Damas e Salões do Segundo Reinado) e chegou a ser chamada de "Pompadour Sul-americana", pois não havia ainda perdido os hábitos palacianos. Em meados do século XIX, abria constantemente seus palacetes do Acu e do Carmo para a realização de freqüentes partidas, recepções, reuniões dançantes e bailes mascarados, onde sentava, toda senhora de si, numa cadeira especial denominada "o trono da Marquesa".
Andava pela imperial cidade de São Paulo num coche brasonado e luxuosíssimo, alardeando opulência, demonstrando abastança e riqueza, sendo que, ao mesmo tempo, visitava e ajudava aos necessitados através de doações e obras de caridade. No final de sua existência, ficava vasculhando baús e caixas de jóias e deleitava-se acariciando afavelmente seus objetos pessoais com o pensamento voltado a um passado distante, quando vivera uma paixão desvairada e fora afavorita do imperador.
Vivia de memórias e recordações de um passado fulgurante, ao lado dos seus filhos, netos e sobrinhos, até que cerrou os olhos para sempre no dia 23 de fevereiro de 1867, aos 70 anos de idade, na mesma cidade que a viu nascer. Ainda em vida pediu um funeral sem ostentação, tendo sido sepultada no Cemitério Municipal de São Paulo, com a presença do presidente da Província, Saldanha Marinho, e de outras altas autoridades paulistanas. Seus restos mortais jazem no singelo mausoléu da família no Cemitério da Consolação, encimado pela figura de um anjinho de ar ingênuo lembrando a figura de Cupido.
Relacionamento com Santos - Quanto ao título de Marquesa de Santos, lhe foi concedido pelo imperador, pela lembrança do encontro no dia 7 de setembro de 1822, quando ele (então príncipe-regente), voltava de Santos e a encontrou radiante de alegria. Ainda por ocasião da construção do Chafariz da Coroação, no Largo da Misericórdia (atual Praça Mauá), inaugurado pelo imperador Pedro II e pela imperatriz Tereza Cristina em 1846, a cidade recebeu uma doação da senhora marquesa, que estendia assim sua generosidade, talvez por agradecimento, ao lugar que lhe deu um título nobiliárquico.
Um fato curioso, ligado à Marquesa de Santos, ocorreu nos Outeirinhos, sítio que fora de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, à beira-mar, fronteiro ao canal do Estuário. No local havia penhascos com risco de naufrágio aos navios veleiros que entravam e saíam do porto e nessa perigosa formação rochosa havia uma com estranhas características, mais parecendo "um símbolo de antigos cultos obscenos", segundo observa Alberto Rangel (D. Pedro I e a Marquesa de Santos). E que o povo santista havia consagrado à marquesa aquele penhasco de forma esquisita, admitindo ainda que aquilo não passava de um "marco escandaloso", pois representava, segundo os comentários da época, as "armas da Marquesa". Concluindo, que os maldosos encontraram na coincidência e capricho do penhasco a celebração de mais um de seus "opróbios e chacotas".
Tal penhasco foi totalmente arrasado por ocasião da construção do porto, naquele trecho. Posteriormente surgiu, um pouco mais além, para os lados da Bacia do Macuco, um bairro chamado de Pau Grande. (N.E.: o local, que não chegou a se tornar bairro, tem outra explicação para tal denominação: seria derivada de uma frondosa figueira ali existente).
Nas escrituras ou mesmo no testamento da marquesa não constava nenhuma propriedade em Santos; entretanto, o povo sempre encontrava um meio de recordar a fabulosa dama. Muitos devem estar lembrados de um amplo casarão que existiu na Avenida Conselheiro Nébias (entre as ruas 7 de Setembro e Bittencourt), quase vizinho à antiga Cruzada das Senhoras Católicas. Recordamo-nos, claramente, que nos anos 1940/50 era apontado como Casa da Marquesa, com portão e gradil à frente, jardim e dois lances de escadas que davam para uma varanda, rodeada por uma balaustrada.
Em princípios dos anos 50, quando ruiu um velho casarão na Rua Júlio de Mesquita, entre as ruas Senador Feijó e Comendador Martins, a imprensa noticiou que ruíra "parte de um castelo", nos fundos de um terreno onde hoje se encontra o Edifício Castelo. Segundo os comentários da época, em tempos passados ali residira a famosa Marquesa de Santos, surgindo então estórias mirabolantes envolvendo a sedutora dama paulista e o ardoroso príncipe: que o castelo tinha um chafariz à frente, sendo considerado um dos mais bonitos prédios da Cidade. Hoje, tudo desapareceu, quase nada restou daquela época de esplendor e fascício.
Bibliografia - Barcelos, Alberto, "A Marquesa de Santos", Ilustração Brasileira, maio/1926, Rio de Janeiro; "De Quem São as Flores da Marquesa de Santos",Edição Extra, 29/12/1962; Maul, Carlos, A Marquesa de Santos; Monteiro, Tobias,História do Império, F. Briguiet e Cia. Ed., Rio de Janeiro, 1927; Pinho, Wanderley,Salões e Damas do Segundo Reinado, Liv. Martins Ed., São Paulo, 1942; Rangel, Alberto, D. Pedro I e a Marquesa de Santos, Liv. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1916; Ribeiro, R. Mendes, Ilustração Brasileira, setembro/1921, Rio de Janeiro; "Ruiu parte do Castelo", A Tribuna, Santos, 7/2/1950; Sousa, Alberto, Os Andradas, CMS, Tip. Piratininga, São Paulo, 1922; Thomaz, Joaquim, "Os dois Testamentos de D. Pedro I", D. Pedro I e Dona Leopoldina Perante a História, IHGSP, Graf. Mun. De São Paulo, 1972.
(*) J. Muniz Jr. é jornalista e pesquisador de História e autor de várias obras literárias sobre Santos e região.

Registro do falecimento da Marquesa de Santos, de 1867, encontrado em 7/12/2006 pelo professor e pesquisador Waldir Rueda no Arquivo do Estado de São Paulo
Nota publicada na revista santista A Fita nº 30, de 13 de novembro de 1913, inclui a incorreta informação do nascimento santista de Domitília de Castro (ortografia atualizada nesta transcrição):

Imagem: reprodução parcial de página de A Fita nº 30
Exemplar no acervo da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio (SHEC) de Santos
Marquesa de Santos
No dia 3 do andante fez quarenta e seis anos que faleceu na capital do Estado d. Demithildes de Castro Canto e Mello, a marquesa de Santos.
Era natural desta cidade e filha do visconde e da viscondessa de Castro, tendo nascido a 27 de dezembro de 1797.
O nosso primeiro imperador deixou-se fascinar pela extraordinária beleza da marquesa, que, aliás, não possuía cultivo de espírito superior.
Foi em S. Paulo, em 22 de agosto de 1822, que pela primeira vez D. Pedro a viu, quando ainda era príncipe regente e estava então a marquesa separada do seu primeiro marido.
Admitida na corte, para onde fora chamada, como dama de honor da primeira imperatriz, foi sucessivamente feita viscondessa e marquesa pelo imperador, que não disfarçava as suas relações com a formosa patrícia, antes, vivia com ela abertamente como sua amante.
Casando-se segunda vez o imperador, retirou-se a marquesa para S. Paulo, contraindo segundas núpcias com o coronel Raphael Tobias de Aguiar. Enviuvando pela segunda vez, tornou-se extremamente caridosa, procurando aliviar a miséria doméstica com os seus consolos e recursos e levando sempre o seu auxílio onde houvesse pobreza e lágrimas.
Túmulo da Marquesa de Santos, no Cemitério da Consolação, na capital paulista
Fotos cedidas a Novo Milênio pelo autor, o professor e pesquisador Francisco Carballa
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Marquesa de Santos


A Marquesa
O retrato mais conhecido da Marquesa de Santos é de autoria do pintor Francisco Pedro do Amaral,dicipulo de Jean-Baptiste Debrét,na Academia ,
Imperial de belas artes.O quadro mostra uma mulher de rosto redondo ,olhos grandes e negros,sobrancelhas espessas e bem- delineadas
lábios finos e nariz levemente pontiagudo.Os contornos da boca fechada lhe dão um ar serio e enigmático. O pescoço,é longo e delgado.
O corpo de curvas generosas indica peso acima do que recomendaria o padrão de beleza  actual.O conjunto, não chega a ser belo nem sensual , mas revela uma pessoa altiva
insinuante e determinada.Testemunhas  da época confirma essa impressão.Felisberto Caldeiras Brant Pontes,visconde depois marques de
Barbacena definiu-a como "mediocramente bonita"Conde Raguet representante dos Estados Unidos no Rio de Janeiro,anotou que ela  conseguiu encantar
encantar D.Pedro'sempossuir grande beleza que recomendasse'Outro diplomata ,o conde de Gestas ,cônsul-geral da França no Brasil afirmou
que possuía 'um exterior agradavel para um pais onde não havia beleza".Para o aventureiro alemão Carl Seidler"a marquesa absolutamente
não era bonita e possuía uma corpulência fora do comum.O também alemão Carl Schlichtor
acrescentou que ,"não lhe faltava gordura , o que corresponde ao gosto geral'
Esta historia vai prosseguir na próxima postagem' é um trecho do livro de Laurentino Gomes/ 1822

sábado, 14 de maio de 2011

MEU FILHO


MEU FILHO


GENTE DE BEM
Você tem por habito, cumprimentar o porteiro,o açougueiro,continua a reclamar do troco, que recebeu errado.e solícito com quem lhe pede ajuda? e´educado ao atender um serviço de telemakting?é disciplinado nas leis de transito?Dependendo das suas respostas é praticamente  certo que a estrutura moral de seu filho,basicamente já esta enraizada.Mas se você reza pela cartilha ,faça que eu digo mas não faça o que eu faço é bom rever o seu comportamento.O que fala mais alto na formação,e educação dos filhos é o exemplo dos país,vivenciando,durante a infância e adolescência.”Não há possibilidade de discussão de valores se a prática é uma e a teoria é outra”assegura a educadoraTania Zaguri,em seu livro os direitos dos pais,construindo cidadãos em tempos de crise(Editora Record)Segundo ela observando,e ouvindo os pais agirem no dia a dia os filhos estão aprendendo sobre o caráter ,e os valores  morais da vida.
Quando chega a adolescência,porem é preciso rever esses valores,é hora de reforçar esses conceitos e explicar com clareza e fundamentadamente por que sua vida se rege por esses valores.

PRIMEIROS PASSOS DO APRENDIZADO... Os pais não precisam marcar hora ou agendar  sermões semanais  para ensinar os filhos a ser gente de bem. O ideal é aproveitar os altos e baixos do cotidiano para trazer  discussões a tona .Não faltam noticias na televisão sobre escândalos da corrupção envolvendo políticos.A novela Global das nove,por exemplo,também esta abordando o uso de drogas.Situações assim são oportunidades,de dizer  o que é certo ou errado,e fazer os filhos pensarem a respeitoAlem de abrir os olhos para as coisas que estão acontecendo na vida deles,aprenda a ouvir mais abra seu coração .Devemos mostrar respeito pela opinião alheia,mas nunca medo de ser diferentes.Caso contrario como desejar que nossos filos tenham condições de se  opor,de dizer não ,quando colegas propuserem  ações inadequada ou antiéticas?,”justifica.

sábado, 7 de maio de 2011

---------- conclusão de UMA NOITE EM CASABLANCA

,Desde a noite do baile fomos companheiros constante a bordo.
Saltamos juntos em Havre e segui -a até Paris.Vejo -a triunfar e sinto-me feliz ao seu lado.Leilah confessou -me que nunca amou  homem nenhum como amava a mim.Mas eu sou para ela um guardião ciumento.Confesso que perdi o sossego.Em uma noite ,em Milão,logo após nosso casamento,recordando-me do poder maligno que o brilhante Indú  irradiava sobre todos que se aproximavam de Leilah,e enquanto ela dormia retirei-o do seu dedo e escondi-o -.Meu anel!onde está meu anel querido?Não sei...Leilah olhou -me misteriosamente---Tu és um ciumento incorrigivel.Deves me devolver o anel!Não  devolverei Nossa felicidade vale mais que aquele anel .Não quero pensar em historias que me preocupem ,que escureçam nosso paraíso...Ontem tivestes um grande sucesso Leilah; e não usaste o anel,fatídico ,para tantos homens que te amaram.Voltemos a Casablanca querida...Assim que termine os contratos,voltarei contigo a´Casablanca.Sim Leilah,e sob as claras estrelas da Arábia,recordarei as profecias da cigana,que certa vez disse:"Atravessaras o oceano e iras visitar uma cidade ,onde encontraras muita gente do meu povo e amarás uma bela mulher árabe,tão fascinante que te dominará a vida inteira."

UMA NOITE EM CASABLANCA......continuação.

Detive-me, com o coração aos saltos.Talves ela fosse viajar no mesmo navio que eu._"Atravessaráras o oceano"...Eu não podia esquecer as palavras da cigana.Enquanto  andava pelas ruas tortuosas de Casablanca,a noite africana me envolvia com seu ar e sua beleza,os rostos e os idiomas,de diversas latitudes me afimavam que eu me movia fascinado sem poder deixar de recordar os romances de mouras e cristãos na velha Espanha,na época do poderio mouro e do esplendor de Andaluzia.O navio se afastava do cais, lentamente.Ante meus olhos ia -se diminuindo,minuto a minuto,a cidade branca,metade oriental e metade ocidental.Ainda parecia escutar os pregões dos mercadores,as flautas dos músicos de origem indefinida e não podia apagar de minha rotina,as mais extravagantes vestimenta e as faces e olhos sensuais das mulheres árabes.Porem sobre tudo,lembrava-me de Leilah.Estaria a bordo?O jornal daquela tarde anunciava a sua tournée pelo estrangeiro.Iria á Paris,a cidade cujo nome  e beleza está nos lábios de todos de Casablanca!
Assim que estivemos navegando á mar aberto,soube que Leilah estava a bordo com sua dama de companhia, e que como eu desembarcaria no Havre.Ah!se ela soubesse !Mil vezes me arrependi de não haver insistido, ante o camareiro para que me levasse um bilhete a Leilah.Vesti-me apuradamente para hora do jantar.A orquestra executava  tangos dolentes.Dirigi -me para o salão de baile encontrei com Jorge Ariar,que me falou da presença de Leilah.Ah! é?indaguei interessado.Sim , com um príncipe espanhol ,com um celebre pintor italiano ...Cuidado com essa mulher!Reparaste no anel de brilhante que ela usa na mão direita?Pois foi presente de um marajá ...Nisso, entrou Leilah no salão,acompanhada de um jovem loiro alto.Começaram a dançar uma rumba ,aproximei do par e falei ousadamente;permite dançar comigo ,senhorita Leilah?Ela sorriu e fazendo um meneio com a cabeça assentiu...continua.